A professora de educação física Cláudia (nome fictício), 36 anos, foi agredida a socos, mordidas e pontapés dentro da sala de aula da escola estadual Kakunosuke Hasegawa, em Itaquaquecetuba (Grande SP). O autor das agressões é um aluno de 13 anos.
A docente conta que, na sexta-feira, a sétima série teria atividades em sala de aula. Um dos 40 alunos se destacava por causa da bagunça. Depois de chamar a atenção do adolescente várias vezes, ela pediu que ele saísse da classe. Segundo ela, foi aí que começou o pesadelo.
"Ele me xingou com palavrões. Depois eu tentei tirá-lo, foi quando começaram os chutes e as mordidas", conta.
O agressor só foi contido quando eles chegaram ao corredor. As marcas físicas da agressão desapareceram, mas as outras não vão se curar em tão pouco tempo. "Pior que a dor, só a humilhação de ter passado por isso", afirma.
Cláudia diz que, apesar do medo, tem cumprido a agenda, que inclui aulas em dois colégios da rede pública e um emprego como treinadora de futebol. Ontem, quando deu aula na sala em que havia ocorrido a agressão, o aluno estava lá.
"Disse que ele não iria participar. Ele obedeceu, mas ficou rindo de mim", conta.
A vice-diretora, Regina Célia Soares Santos, afirmou que é a primeira vez que uma agressão como essa acontece no colégio. Ela diz que o adolescente já teve problemas de comportamento e que ele tem acompanhamento de psicólogos."Ele sempre foi problemático. Nós já estávamos fazendo tudo o que devíamos ter feito."Depois do ocorrido, Regina conversou com o agressor, que não disse nada. Uma reunião do conselho de escola irá decidir amanhã o futuro do garoto. Até lá, ele continua assistindo às aulas. "Ele não irá mais agredi-la", garante a vice.
Eu acompanho este caso, esta companheira trabalha comigo na outra escola. Esta abaladíssima. O interessante é a postura da escola que ainda conserva este individuo em sala de aula. A reportagem não contou que ele passou de sala em sala contando a proeza de ter batido na professora (na verdade ele lhe adjetivou com alguns nomes de animais).
Esta tudo tão corrido que mal tenho tempo para postagens. Eu fui aluna desta escola, era ótima e lecionei lá no meu primeiro ano de magistério. Lembro de um episódio com o prof. Ale, que ao defender uma aluna (em sala) de um individuo que havia adentrado a escola que lhe agrediu com uma carteira (claro que a culpa ficou nas costas do prof e como dizem os alunos "não pegou nada"). Existiram outros casos nessa escola, inclusive nesse periodo essa profª que esta como vice, ja trabalhava na escola e é estranho por ela não lembrar de outros episódios.
Como relatei outro dia, ja acompanhei casos de dedos, braços, cabeça e principalmente, coração dilacerados por tanta desumanidade com os profissionais da educação. O professor é humilhado de todas as formas e por todas as categorias, começando pela Secretaria de Educação.
Ontem em sala ao preencher o Diário, um aluno soltou que: "a vida de professor era boa, ganhava pra ficar sentado na "carteira" escrevendo e que eles ficavam respondendo o caderno". Doeu, doeu muito, na hora lhe respondi a altura (mas que altura com uma criança de 11 anos?), fiquei arrasada.... Sou obrigada a fazer chamada, anotar ocorrências, usar um caderno de aluno que não condiz com a idade deles (ensinar feudalismo pra 6ª série é o fim do que acabou), cuidar de criança sem educação, com pais ausentes, etc, etc (como ja comentei em outros posts), ainda levamos que temos vida fácil............ A direção fez ele pedir desculpas, mas em particular, o que valeu voi ao explicar a uma das aluninhas um pouco sobre como se processava o feudo ela soltou que era uma espécie de "condomínio" e eu amei essa dedução, inclusive vou adequala as explicações.
Esta madrugada o Fala que te escuto, mostrou uma série de reportagens sobre o assunto. Quem sabe a cortina de ferro que esse governo tucano conseguiu criar esteja caindo por terra e as pessoas comecem a conseguir enxergar as verdade sobre este governo de engodos e maquiagens.
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