xmlns:og='http://ogp.me/ns#' Cantinho da Déa: novembro 2013

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Concurso - Informes e provas

21/11/2013 Interposição de recursos contra o gabarito oficial preliminar da Prova Escrita Objetiva
20/11/2013 Gabarito oficial preliminar da Prova Escrita Objetiva (retificado em 20/11/13)
20/11/2013 COMUNICADO
19/11/2013 Prova Escrita Objetiva
Conhecimentos Pedagógicos (todas as disciplinas)
Arte
Biologia
Ciências Físicas e Biológicas
Educação Física
Filosofia
Física
Geografia
História
Língua Inglesa
Língua Portuguesa
Língua Espanhola
Matemática
Química
Sociologia
Educação Especial: Deficiência Auditiva
Educação Especial: Deficiência Física
Educação Especial: Deficiência Intelectual
Educação Especial: Deficiência Visual
Educação Especial: Transtornos Globais do Desenvolvimento - TGD

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

RESUMOS LIVROS DA BIBLIOGRAFIA DO CONCURSO PEB II 2013

IDEIAS CENTRAIS DOS AUTORES

1. CARVALHO; Rosita Edler EDUCAÇÃO INCLUSIVA COM OS PINGOS NOS Is.

A autora considera que houve importantes avaos nas políticas públicas de inclusão aos alunos portadores de necessidades educacionais especiais, cita a Declaração de Salamanca, como documento essencial no contexto. Acrescenta ainda que é fundamental que se garanta que não ocorra uma segunda exclusão por dentro das escolas, sendo necessário para isso uma reestruturação de culturas, políticas e pticas. Aponta que a construção da Proposta Político Pedagógica das escolas pode contribuir para isso. Não são os alunos que devem se adaptar às escolas e sim as escolas que devem se adaptar aos alunos.


Também destaca a autora que a inclusão tem que acontecer para todos os alunos e não apenas ao s considerados deficientes”: devemos perceber que inclusão não se refere somente aos alunos com deficiência sica, intelectual, auditiva...mas, trata-se de todos aqueles alunos que por algum motivo, não conseguem acompanhar com ritmo” a aprendizagem.
Palavras: Educação inclusiva; equidade; alteridade; Declaração de Salamanca; espaços dialógicos.
Silvio de Souza - Professor de História da rede estadual e municipal- militante da Conspiração Socialista/Oposição Alternativa


2 CORTELLA,   Mári Sérgio   –    ESCOL   CONHECIMENTO:   FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS E POLÍTICOS.


O autor destaca que existe um verdadeiro apartheid social de responsabilidade de nossas elites, onde se enquadra a crise da educação. Não é por que os filhos dos trabalhadores entraram na escola que ela perdeu qualidade. Educação é ideológica e política. Conhecimentos e valores não são neutros.
A transformação consciente do meio ambiente é exclusiva do ser humano e a chamamos de trabalho ou
práxis.
O conhecimento é um bem de produção e ao seu lado se coloca a educação. No processo de construção de conhecimento o educador tem que possuir uma visão de alteridade para compreender o caráter múltiplo da humanidade.
Sobre a questão da verdade, Cortella, situa que ela é histórica, não sendo nem absoluta nem eterna. É uma construção cultural, portanto mutável.
O conhecimento é construído e é necessário romper com a ideia de sua mitificação, através da relativização (negar caráter absoluto). Também considerar que o erro é parte integrante do conhecimento. Sobre estar pré-ocupado o autor considera que é necessário uma aproximação de nossas pré-ocupações às pré-ocupações dos aprendizes, sem o qual não conseguiremos êxito em nossas aulas.
Sobre a relação sociedade/escola destaca os apelidos circunstanciais que essa relação recebe: otimismo
innuo, pessimismo ingênuo e otimismo ctico.
Em relação ao pedagocídio, diz que se manifesta, quando há o uso dos materiais pedagógicos de forma reflexiva.


Epistemologia; pedagocídio; alteridade; pré-ocupação; relativizar.


Silvio de Souza - Professor de História da rede estadual e municipal- militante da Conspiração Socialista/Oposição Alternativa






3. DE LA TAILLE, Yves, OLIVEIRA, Marta Kohl de & Dantas, Heloisa - Piaget, Vygotsky e
Wallon – Teorias Piscogenéticas em Discussão.

Jean PIAGET, segundo La Taylle, não nega o social,   sua teoria define como   alguém incorpora e constrói  um novo conhecimento. Postula que ao se deparar com algo novo, o indivíduo tenta remetê-lo a qualquer coisa   que conheça. Nossa memória categoriza tudo que sabemos e assim que temos contato com algo novo procura  algo similar, parecido com o que possuímos e,   se  não encontramos, há um estranhamento que  Piaget nomeou assimilação, isto é, reconhecer alguma coisa como diferente do  que se  conhece.  A  partidcontatcom  a  novidade,  da  experimentação,  o  indivíduo  refina  seus conhecimentos e incorpora uma nova informação, o que proporciona a criação de um novo conceito. A esta  sistematização  Piaget  chamou  de esquema.  Incorporado    o  novo  esquema  mental,  assume-se a acomodação, que define um conhecimento aprendido, incorporado, introjetado.
A  função  do  professor nesta  perspectiva  é desequilibrar  os  esquemas  mentais  do  aluno, oferecer desafio compatível àquilo que conhece. É necessário um mecanismo contínuo de sondagem dos conhecimentos prévios dos alunos para perceber necessidades de intervenção. Piaget organizou também os  chamados estágios  de  desenvolvimento,  que  determinam  o  nível  maturacional  da  criaa.  Suas principais características:
Peodo  Sensório-motor (0  a  2  anos)  -  Período  de  percepção,  sensação  e  movimento.  É  regido  pela inteligência ptica;
Peodo Pré-operatório (2 a 7 anos) -Fuão simbólica linguagem comunicação; egocentrismo (reconhece, assume, percebe o seu ponto de vista); não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação;
Peodo de Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos) - Reorganiza, interioriza, antecipa ões; diferencia real e fantasia; estabelece relações e admite diferentes pontos de vista; tem noções de tempo, velocidade, espaço, causalidade;
Peodo de Operações formais (11 ou 12 anos em diante)  - Esquemas conceituais abstratos; valores pessoais.

Lev  Semenovitch  VYGOTSKY,  segundo  Kohl,    tem  como palavra-chave interação  social,  o que implica dizer que o desenvolvimento do indivíduo se dá por meio  da relação com o outro, com o mundo. O conceito  de mediação  simbólica trata  do  conceito  de  intermediação,  da  relação  homem-mundo,  que acontece através dos Instrumentos: objetos, ferramentas criadas pela necessidade de intervenção do homem no mundo , ou seja a  cultura vista como alargadora de possibilidades e dos Signos / símbolos,  as representões são a primeira categoria simbólica, com significado objetivo. Os símbolos demandam abstrações mais elaboradas, internalizadas, reflexivas.   Para Vygotsky, o Conhecimento real é aquele no qual há o domínio daquilo que se conhece,  o Conhecimento potencial é aquele que se pode dominar com a ajuda de mais experiente. A distância entre o conhecimento real e o conhecimento potencial é chamada de zona de desenvolvimento proximal. É o lugar imaginário onde o professor deve atuar em relação ao aluno.

Henri WALLON,   de acordo com Dantas, defendeu a ideia da compreensão da criança completa, concreta,  contextualizada,  vista  de forma  integral,  isto  é,  não  mais  encarada  como  um  adulto  em miniatura, mas sim, como um ser numa etapa de especificidades. Segundo ele são quatro os campos funcionais que visualizam a criança de modo “integrado: As emoções: manifestação afetiva, relação  que envolve a   interação criança e meio onde está inserida; O movimento: primeiro sinal de vida pquica, vislumbrada nas dimenes expressiva: base das emoções, de expressão.
e instrumental: ação direta sobre o meio físico, concreto.   A intelincia num momento  mistura as coisas,  estabelece confusão,  não separa qualidade do objeto. Com as experimentações da criança sobre o






mudo, progressivas diferenciações ocorrem, o que proporciona o ampliar de seu repertório de categorizações. Isto não quer dizer que nunca mais, após a infância, estejamos sujeitos ao “sincretismo. As diferentes ideias surgem de momentos de sincretismo, de mistura, de confuo, de possibilidades, de criatividade. O   momento  de pensamento categorial , conceitual (acontece na idade escolar)  onde há a possibilidade de pensar o real por meio de categorias, diferenciações, classificações.b O processo de

individuação, a construção do eu como pessoa, pressupõe que o  ser humano constrói a consciência de si WALLON que a relação destes quatro campos funcionais não é sempre de harmonia, mas sim, de conflito. Luiz Carlos de Freitas, Professor de Hisria das redes estadual e municipal e militante da Conspiração Socialista/Oposição Alternativa


Quadro Comparativo
AUTOR
PIAGET
VIGOTSKY
WALLON

PALAVRAS CHAVE
Construção do
Conhecimento

Interação Social

Afetividade




PRINCIPAIS CONCEITOS
Assimilação,
Acomodão,
Esquema,Equilibração, Estágios de Desenvolvimento

Mediação Simbólica, Zona de Desenvolvimento Proximal

O Movimento, as emões:afetividade,Inteligência, A Contrução do Eu, Imitação, Negação


RELAÇÃ INDIVÍDUO/MUNDO

Adaptação (Conhecimentos Prévios)
Da parte para o todo, processo de socialização(Relação com o mundo)

Processo de Individualizão,Constituir-se como indivíduo




PAPEL PROFESSOR/ESCOLA

Desequilibrar os esquemas dos alunos a partir dos seus conhecimentos prévios
Intervir na Z.D.P. ou seja na distancia entre o que o aluno já domina e o que faz com ajuda


Considerar: História do aluno, demandas atuais e o que virá (futuro)



4.  FREIRE,    Paulo  –  PEDAGOGIA DA  AUTONOMIA:  SABERES  NECESSÁRIOS  À  PRÁTICA EDUCATIVA


A obra trata da prática educativo progressista em favor da autonomia do ser dos educandos e devemos ter conscncia de que somos seres históricos, inacabados, inconclusos e aptos a aprender.
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua produção ou construção. Sobre a construção de conhecimentos Paulo Freire diz que educador e educandos são sujeitos desse processo, pois quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.
Paulo Freire também nega a educação bancária e trabalha na perspectiva da educação libertadora e
emancipadora, numa relação de dodiscência” permeada pelo diálogo (relação dialógica).
Para Paulo Freire Ensinar exige: rigorosidade medica; pesquisa; respeito aos saberes dos educando; criticidade; estética e ética corporeificação das palavras pelo exemplo;   risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação;  reflexão crítica sobre a prática;  o reconhecimento e a assunção da identidade cultural;   consciência do inacabamento;   o reconhecimento de ser condicionado; respeito à autonomia do ser do educando; bom senso; humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educandos;  apreensão da realidade; alegria e esperança;   convicção de que a mudança é possível; curiosidade; segurança, competência profissional e generosidade;  comprometimento;  compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo;  liberdade






e  autoridade;     tomada  consciente  de  decisões;     saber  escutar;     reconhecer  que  a  educação  é  ideológica;
disponibilidade para o diálogo;  querer bem aos educandos.
Silvio de Souza - Professor de História da rede estadual e municipal- militante da Conspiração Socialista/Oposição Alternativa

4 - A - FREIRE,  Paulo PEDAGOGIA DA AUTONOMIA: SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA EDUCATIVA
Conceitos Freireanos

Criticidade: é ato crítico que proe a tomada critica da realidade visto que a transforma; não é critica pura, mas fundamentada na perspectiva de que mudar é da dimensão humana.

... uma das tarefas essenciais da escola, como centro de produção sistemática de conhecimento, é trabalhar criticamente a inteligibilidade das coisas e dos fatos e a sua comunicabilidade. É imprescindível, portanto que a escola instigue constantemente a curiosidade do educando em vez de amaciá-la ou domesticá-la (pág. 123)

Curiosidade Epistemológica: compreenderíamos como a busca do conhecimento, a procura  de  “mais  saberporém  vemos  que  se  trata  da  curiosidade  cientifica  sempre  presente  nprocesso educativo libertador, posto que este se interroga, e a inquietação provocada que é parte da curiosidade ingênua e que,  ao  criticar-se,  problematizando-se,  possibilita  a  tomada  da  consciência  critica,  superadora  da  consciência ingênua

... quanto mais criticamente se exerça a capacidade de aprender tanto mais se constrói e desenvolve o que venho chamando de curiosidade epistemológica, sem a qual não alcançamos o conhecimento cabal do objeto (pág. 27) ou ... principalmente na superação da ingenuidade” e não na ruptura; é a criticidade na curiosidade, que leva à curiosidade epistemológica que, como inquietação indagadora, como inclinação ao desvelamento de algo, como pergunta verbalizada ou não, como procura de esclarecimento, como sinal de atenção que sugere alerta, faz parte do fenômeno vital (pág. 34/5).

Educação bancária: é a educão que trabalha com conhecimento estanque, dado, acabado, é mera transmissão; um conteúdo que não interroga, não questiona, haja vista que é uma doação de quem sabe a quem nada sabe”; o educador é o único detentor do saber e tem a tarefa de expor/impor conhecimentos.

... na concepção bancária que estamos criticamente, para a qual a educação é o ato de depositar, de transferir, de transmitir valores e conhecimentos... (pág. 26)... em que pese o ensino bancário, que deforma a necessária criatividade do educando e do educador, o educando a ele sujeitado pode, não por causa do conteúdo cujo conhecimento lhe foi transferido, mas por causa do processo mesmo de aprender, que é uma especificidade humana (pág. 27-29).

Diálogo/Dialogicidade: o dlogo não é umbate-papo qualquer é a afirmação da humildade que se faz na escuta dos saberes e conhecimentos do outro; a escuta, no dlogo, exige a humildade com compreensão  do  que  se sabe  e  não  se  sabe; o  diálogo  não  se verticaliza, pois,  se compromete  com o  “não- isolamento, onde pratica a dialogicidade como método de escuta e entendimento do pensamento do outro.

É preciso que, pelo contrário,desde os começos do processo,vá ficando mais claro que,embora diferentes entre si,quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma  ao ser formado.(pág. 25).

... Escutar é obviamente algo que vai mais além da possibilidade auditiva de cada um. Escutar, no sentido aqui discutido, significa a disponibilidade permanente por parte do sujeito que escuta para a abertura à fala do outro, ao






gesto do outro, às diferenças do outro. Isto não quer dizer, evidentemente, que escutar exija de quem realmente escuta sua redução ao que fala...” (pág. 118)

 Práxis:  na  há  mudança  com  o  verbalismo,  nem  tampouco  com  ativismomas  sim  no movimento de ão  e reflexão sobre a ão; a práxis é a reflexão do oprimido sobre seu mundo e a reação transformadora sobre ele; é a reflexão com questionamento sobre a ão e a realidade.

... A reflexão critica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando bbb e a pratica ativismo” (pág. 21)... Por isso é que, na formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão critica sobre a prática. É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar aproxima prática. O próprio discurso teórico,necessário à reflexão critica,tem de tal modo concreto que quase se confunda com a prática... (pág. 39).

Problematização: é o questionamento; a interrogão sobre o fato dado; os por quês; é pensar um conteúdo para melhor apreciá-lo, tornando o aprendizado apreensão, reassunção do conhecido; o ato questionador problematiza o apresentado para ressignificá-lo em outra dimensão.

... A tarefa do educador, então, é a de problematizar aos educando o conteúdo que os mediatiza, e não a dissertar sobre ele, de dá-lo, estende-lo, de entregá-lo, como se se tratasse de algo feito, elaborado, acabado, terminado... Por que não discutir as implicações políticas e ideológicas de um tal descaso dos dominantes pelas áreas pobres da cidade?... (pág. 30-31)

Edson Luiz Amário - Diretor de Escola da Rede Municipal de Ensino



5. FREITAS, Luiz Carlos de. Eliminão Adiada: O ocaso das classes populares no interior da escola e a ocultão da (má) qualidade do ensino. Educação e Sociedade, Campinas, Vol.
28. N.100 – especial – p. 965-987, 22 p.


O autor parte da ctica ao sistema de Avaliação de Larga Escala, aplicadas via políticas da meritocracia liberal de FHC e Lula, reforçando a privatização via OCIPs e materiais pedagógicos, por meio de compra de sistemas de apostilas,etc.

Afirma que o IDEB quando se escora apenas na produção do aluno (evasão,reprovação e evasão), desprezando outros fatores que o próprio Censo do MEC aponta,  contribui para responsabilizar apenas um lado dos sujeitos da educação pelo fracasso escolar: a escola (gestão,professores e alunos), contribuindo para excluir (de outras formas que não a evasão) as camadas populares da escola. Freitas afirma que a escola colocou os pobres pra dentro da escola e que, agora, internalizam a inclusão a custos menores, adiando a eliminação do aluno para o final dos chamados ciclos que servem como controladores de demandas.

Freitas sugere abandonar a visão autoriria   que preconiza o treinamento dos professores para preparar alunos para, em última instância, passar nas provas externas ( cujo controle se centraliza em






Brasília) e garantir as estatísticas (dia ponderada). Não sendo contrio a existência das avaliações externas  e  dos  índices,  propõe    a  qualidade  negociada,  centrada  nnegociação,  participação,  auto- reflexão contextual e plural, onde haverá parceria entre poder público e escola, de forma a que haja múltipla responsabilização, assim a   avaliação se dará articuladamente de três formas: a externa ou de larga-escala, promovida bienalmente pelo poder público, realizada pelo município que está mais próximo da escola, a avaliação da aprendizagem, realizada pelo professor e voltada   para a avaliação formal da aprendizagem, e ambas devem servir a avaliação institucional que cabe a comunidade escolar, esta deve apropriar-se dos problemas da escola e demandar do Estado as condições necessárias para seu funcionamento.

Luiz Carlos de Freitas, Professor de História das redes estadual e municipal e militante da Conspiração Socialista/Oposão Alternativa


6. LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar, Cortez Editora, 184 p.

O autor afirma que os nossas escolas tanto as públicas como as privadas não trabalham com a avaliação da aprendizagem e sim com exames escolares.


A exatos, 3000 anos a.C. eram selecionados soldados para o exército chinês esse processo se estendeu durante anos. Quem, há 80 anos, vai compreender, propor e divulgar a avaliação de aprendizagem será Ralf Tyler , que propõe: Ensinar alguma coisa; diagnosticar sua consecução; caso a aprendizagem fosse satisfatória seguir em frente; caso fosse insatisfatória, proceder a reorientão, tendo em vista obter o resultado satisfatório, pois esse era o destino de atividade pedagógica escolar.


Somente na LDB de 1996 é que se começa a utilizar a expressão Avaliação da aprendizagem”. Luckesi afirma que devemos aprender a avaliar para que o educando venha para escola, aprenda e não passe por um processo seletivo. O que se aplica nas escolas é a pedagogia do medo , das notas e da reprovação. As provas existem para reprovar e não para auxiliar os alunos. Precisamos rever nossa ptica, reavaliar o nosso trabalho para uma aprendizagem satisfatória. Devemos investir na avaliação da aprendizagem.


Rui Alencar, professor de história das redes estadual e municipal. Militante da Conspiração Socialista/Oposição Alternativa


6-A .LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar, Cortez Editora, 184 p.

Para Luckesi, o processo de avaliação   tem como objetivo detectar o conjunto de conhecimentos assimilados pelos alunos no  processo ensino aprendizagem. Sua função é processual diante da atividade pedagógica, diferente da ação dirigida ao aluno ou ao conjunto de conhecimentos trabalhados, procura observar e integrar as três dimensões:   docente, conhecimento, discente, no interior da instituição de ensino.
A avaliação diagnóstica deve estar sempre norteada pela proposta pedagógica, tanto no que se

refere à concepção e eixos centrais das áreas de conhecimento quanto aos pontos de chegada , uma vez que faz parte do trabalho como um todo.






Sabendo aonde quer chegar e como, o professor pode fazer uma avaliação diagnóstica que não o leve a classificar os alunos, mas sim a indicar   caminhos para o trabalho. Deve ser um instrumento do reconhecimento  dos  caminhos  percorridos  e  a  identificação   dos  caminhos  a  serem  perseguidos.
Diante disso a avaliação da aprendizagem escolar deve ser vista como meio e não fim em si mesma, não sendo dessa forma apenas uma ação mecânica, mas com um objetivo a ser seguido.
É uma avaliação pedagógica e não punitiva, que vai além da prova clássica, cujo objetivo é contabilizar acertos e erros. Com a avaliação diagnóstica, o professor deve ser capaz de chegar à matriz do erro ou do acerto, interpretando a produção do aluno.
De acordo com a avaliação diagnóstica, o professor precisa localizar

num determinado momento, em que etapa do processo de apropriação do conhecimento encontra-se o estudante e, em seguida, identificar as intervenções pedagógicas que são necessárias para estimular o seu progresso.       Esse diagnóstico, onde se avalia a qualidade do erro ou do acerto, permite que o professor possa adequar suas estratégias de ensino às necessidades de cada aluno.
Luiz Carlos de Freitas, Professor de História das redes estadual e municipal e militante da Conspiração Socialista/Oposição Alternativa


7.RIOS, Terezinha Azeredo - Ética e Competência

Tema do livro - Formação do professor diante dos desafios da escola moderna;

-  A Competência do educador é o alicerce fundamental para o exercício da docência;

- A formação do educador deve ocorrer em duas dimenes :técnica e política, articuladas dialeticamente;

- Dimensão cnica - conhecimento da área e disciplina que atua;

- Dimensão política -Interação com a comunidade, instâncias da escola, envolvimento para além do espaço de sala de aula;

- A Educação não pode ser desvinculada de um contexto social mais amplo ;

-Transmissão de cultura  é função primordial da educação ;

COMPETÊNCIA

“FAZER BEM-Tecnicamente e politicamente;

-Domínio,técnicas,organização e transmissão do conhecimento;

EDUCADOR COMPETENTE = EXIGENTE

Jamais abrir mão do papel de intelectual;

FUNÇÃO DO PROFESSOR - MEDIADOR DO CONHECIMENTO






AÇÃO MEDIADORA

-Diálogo do aluno com o Real , não com o professor;

A Autora não nega o impacto de problemas intra e extra escolares no processo ensino –aprendizagem, porém destaca a necessidade de superá-los;

PAPEL DO COTIDIANO PARA A MUDANÇA PROJETOS DE AÇÃO - Saída para a escola atual
IDEAL UTÓPICO - Visualizar o futuro, visão de longo prazo;

Sandro Ribeiro Chagas,Professor de História das redes municipal e estadual, militantes da Conspiração Socialista/Oposão Alternativa

8. Saviani, Dermeval, História das Ideias Pedagógicas no Brasil. Campinas: Autores
Associados, Edição, 2010. 474 p.

Saviani traça um painel muito detalhado das ideias pedagógicas, a partir da metodologia marxista. Define ideias pedagógicas como, ideias educacionais, não em si mesmas, mas na forma como se encarnam no movimento real da educação, orientando e constituindo a própria substancia da prática educativa expressando a complexidade e determinações das relações da educação brasileira ao  longo da história. Descreve pormenorizadamente as pedagogias dominantes (hegemônicas), dividindo-as em 4 peodos, a partir dos jesuítas.

O primeiro denominado de Pedagogia  Tradicional (religiosa) de 1549, ano  do início do domínio jesuítico até 1759, ano da Reforma Pombalina e da consequente expulsão dos jesuítas. O autor divide esse período em 2 fases 1549 a 1599 chamada de Pedagogia Basílica; 1599-1759 chamada de pedagogia jesuítica ou Ratio Studiorum.

O segundo peodo é denominado Pedagogia Tradicional (Leiga) de 1759 a 1932 que corresponde ao período que vai até o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Nessa fase coexistem a visão religiosa e leiga, com predomínio da segunda. Esse período também é dividido em duas fases 1759-1827 chamada de Pedagogia Pombalina com forte influência do despotismo esclarecido  1827-1932, chamada pelo autor  de  Pedagogia  Leiga,  com  influência  do  liberalismo  e  do  positivismo.  Nesse  período,  o  autor apresenta com destaque o Barão de Macahubas (Abílio César Borges) que é uma espécie de precursor do escolanovismo que defendia que o mestre deve utilizar todos os meios para tornar agradáveis aos meninos, as coias que deles se exigem”.

No terceiro 1932 a 1969 denominado de Pedagogia Nova, se sobressai o escolanovismo. É  um período que termina no auge da ditadura militar. Para o autor, nele,  há três fases. 1932-1947 onde há um






equilíbrio entre a Pedagogia Nova e a Tradicional, 1947-1961, onde predomina a Pedagogia Nova. No Brasil  essa  pedagogia  se  sustentou  tendo  como  sustentadores  Asio  Teixeira  (Bases  Filosóficas  e Poticas), Lourenço Filho(Bases Pscológicas) e Fernando de Azevedo (Bases Sociológicas)   e 1961-1969 quando o escolanovismo perde espaço para o tecnicismo. Note-se que nesse peodo é promulgada a primeira LDBEN cujo anteprojeto é de 1947 e a promulgação de 1961. Nesses 14 anos de amplos debates prevaleceu a Pedagogia Nova, inspirada no pedagogo estadunidense John Dewey.

o quarto período de 1969 - 2001, se inicia com o tecnicismo tradicional produtivista mas, principalmente na década de 1980 há uma resistência ctica. É dividida em 3 fases: 1969-1980 no qual predomina a pedagogia tecnicista, 1980-1991 onde aparece um forte movimento contra-hegemônico que influencia as reformas curriculares do período. É nessa fase que aparece a Educação Popular, de Paulo Freire, a Pedagogia Crítico Social dos Conteúdos, de José Carlos Libâneo e a Pedagogia Histórico-Crítica, do próprio Saviani, contestando o tecnicismo patrocinado pelos militares. O ano de 1980 é o ano da Primeira Conferência Brasileira da Educação e 1996 da Sexta e última, com amplas discussões sobre as mudanças  educacionais  e  1991-2001  quando    houve  promulgação  da   LDBEN  (9394/96)qufoi debatida durante anos nas conferências de educação e substituída por um projeto feito as pressas por Darcy Ribeiro. É a retomada do neoprodutivismo    e de variantes do neoescolanovismo e neoconstrutivismo.

Como pedagogias contra-hegemônicas cita as escolas anarquistas e socialistas no inicio do século XX, as defendidas pelo Partido Comunista na década de 1940   e as citadas da década de 1980. Na conclusão apresenta uma ctica contundente as pedagogias do aprender a aprender nas quais o  mais importante não é ensinar ou aprender (assimilar conhecimentos) mas aprender a lidar com situações novas, deslocando o eixo educativo do aspecto lógico para o psicológico, por fim  aponta que seria bem vinda a reorganização do movimento dos educadores que permitisse arregimentar forças para uma grande mobilização  nacional  capaz  de  elaborar  propostas  concretas  e  defesa  de  uma  educação  púbica  de qualidade para toda a população brasileira.

Luiz Carlos de Freitas Professor de História das Redes Municipal e Estadual Militante da Conspiração Socialista/Oposão Alternativa


9. TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interões humanas. Rio de Janeiro, Petrópolis: Vozes, 2005.

Os autores iniciam a obra destacando que o conceito moderno de cidadania é impensável sem o de instrução e também afirmam que o ensino em ambiente escolar representa, em igual título que a pesquisa






científica,  o  trabalho  industrial,  a  tecnologia, a criação  artística  e a  ptica  política,  uma  das esferas fundamentais de ação nas sociedades modernas.

A analise central da obra diz respeito ao trabalho do professor em INTERAÇÃO com os alunos e outros do cenário escolar.

Destacam que nas sociedades industriais as escolas tem a função de preparar os filhos dos trabalhadores para o mercado de trabalho. A verdadeira vida é a vida produtiva. A escola é o lugar onde acontecem interações e ela está historicamente ligada aos modelos organizacionais do trabalho produtivo, vindo das indústrias e outras organizações econômicas hegemônicas.

Os autores destacam também que apesar da influência do modelo industrial, diferentemente do trabalh material,   o   trabalh cognitivo   é   ligad  atividades   como   observação,   compreensão, interpretação, analise e criação intelectual. Por ser um trabalho sobre o outro, leva antes de tudo a relação entre pessoas. A docência não é um trabalho unilateral, em que o professor transmite o que sabe e o outro aprende, o professor deve ter ALTERIDADE, saber colocar-se no lugar do outro.

Tratam das características que as escolas possuem e definem que as regras, objetivos, burocracias constituídos ao longo do tempo tem a finalidade de constituir conhecimentos, costumes e regras das sociedades a que servem. A classe é um dos ambientes sociais mais controlados.

A escola atende um público cada vez mais diverso e possui uma diversidade de profissionais que atuam em seu dia a dia e nesse contexto passa a ser um desafio ao trabalho docente administrar os conflitos entre os diferentes especialistas presentes nas escolas, identificar que faz o que.

A escola trabalha com alunos e embora se busque profissionalizar o seu funcionamento, aos moldes da indústria, não é possível desprezar que os relacionamentos humanos não podem ser dimensionados como se estivessem produzindo peças, objetos.

Os autores destacam que é muito difícil precisar a carga de trabalho dos docentes, pois a essência da tarefa dos professores está em sua relação com os alunos, em segundo lugar está à relação com os pares e por fim as questões burocticas e também preparação de aulas, avaliação dos alunos e aperfeiçoamento.

Sobre os fins do trabalho docente atentam que os objetivos escolares definem uma tarefa coletiva, complexa e temporal com efeitos incertos e ambíguos, visto que regem a ação coletiva de vários agentes escolares, que atum sobre uma massa de indivíduos por vários anos. Tanto os objetivos quanto o trabalho docente propriamente dito são norteados pelos objetivos curriculares, que se traduzem nos programas de ensino, muitas vezes pesados e detalhados e com muitos objetivos a serem alcançados. No entanto é o professor em sala de aula que consegue ressignificar o currículo, tornando-o factível.

A multiplicidade de acontecimentos de uma sala de aula, torna-a única, com a imediatez   e imprevisibilidade dos acontecimentos exigindo respostas do professor, que segundo os autores devem utilizar-se da interatividade.

Silvio de Souza - Professor de História da rede estadual e municipal- militante da Conspiração Socialista/Oposição Alternativa






10. TEIXEIRA, Anísio. A Escola pública universal e gratuita. Revista Brasileira de Estudos

Pedagógicos. Rio de Janeiro. V.26, n.64, out./dez. 1956. P. 3-27


O objetivo principal deste texto é defender uma educação para todos, sem privilégios, que seja oferecida por uma escola pública, gratuita, universal e obrigatória, ministrada pelo Estado, como um direito do povo, que para Teixeira sem educação não existe liberdade. Considera o pensamento brasileiro sobre a educação anacrônico e equivocado, pois em decorrência das reivindicações educacionais a expansão escolar por que o país estava passando acontece de forma descaracterizada. foi, com efeito, essa desfiguração da reivindicação educacional que elevou a matrícula na escola primária, sem lhe dar pdios nem aparelhamento, que multiplicou os ginásios, sem lhes dar professores.

Faz uma analise do conservadorismo da sociedade brasileira e defende a municipalização, como forma de garantir uma administração mais local, um ensino não focado apenas no ler, escrever e pensar.

As democracias, porém, sendo regimes de igualdade social e povos unificados, isto é, com igualdade de direitos individuais e sistema de governo de sufgio universal, não podem prescindir de uma sólida educação comum, a ser dada na escola primária, de currículo completo e dia letivo integral, destinada a preparar o cidadão nacional e o trabalhador ainda não qualificado e, além disto, estabelecer a base igualitária de oportunidades, de onde irão partir todos, sem limitações hereditárias oquaisquer outras, para os múltiplos e diversos tipos de educação semiespecializada e especializada, ulteriores à educação primária. A escola primária, visando, acima de tudo, a formão de bitos de trabalho, de convivência social, de reflexão intelectual, de gosto e de consciência não pode limitar as suas atividades a menos que o dia completo. Devem e precisam ser de tempo integral para os alunos e servidas por professores de tempo integral.


A escola primária de seis (6) anos, em dois ciclos, o elementar de 4 e o complementar de 2, com seis horas mínimas de dia escolar, 240 dias letivos por ano e professores e alunos de tempo integral, isto é, proibidos de acumular com a função de ensino qualquer outra ocupação, que não fosse estritamente correlativa com o seu mister de professor primário, estes seriam os alvos a atingir, digamos, dentro de cinco anos.