xmlns:og='http://ogp.me/ns#' Cantinho da Déa: Professora da rede estadual de SP dá aula vestida de palhaça

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Professora da rede estadual de SP dá aula vestida de palhaça

Lucas Rodrigues
Do UOL, em São Paulo

Professores da rede estadual de SP fazem manifestação na avenida Paulista120 fotos

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03.mai.2013 - Professores da rede estadual de São Paulo fazem nova manifestação na avenida Paulista, nesta sexta-feira (3). Os docentes estão em greve desde o dia 22 de abril e votam em assembleia nesta tarde a continuidade ou não da paralisação. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) pede que os motoristas evitem a região Lucas Rodrigues/UOL
A docente da rede estadual de São Paulo Nancy Almeida Silva, 37, compareceu, caracterizada de palhaça, à assembleia da categoria, que acontece nesta sexta-feira (3), no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista. Os professores estão em greve e vão decidir  se a paralisação continua.

De acordo com a Polícia Militar, cerca de 2 mil pessoas interditaram as faixas no sentido Consolação. O sindicato dos docentes contesta o número e acredita que mais de 10 mil pessoas compareceram ao ato.
Formada em letras e há cinco anos trabalhando na sala de aula, Nancy conta que veio à assembleia vestida de palhaça porque é como se sente tratada pelo governo. "Eu sinto como se as autoridades me tratassem dessa forma, mas eu já cansei de dar aula assim. Não como protesto, mas por gosto", conta.
Ela trabalha na escola Amélia Kerr, na zona sul da capital paulista, e conta que já se vestiu na sala de aula como Gasolina Blue Blue, uma esteticista que fala sobre aplicações de botox e até de Michael Jackson - tudo para que suas aulas ficassem mais divertidas para os alunos.
"Hoje eu dou aula de português assim para incentivar a leitura e fazer brincadeira com os estudantes", diz Nancy. "As aulas ficaram maravilhosas, tudo que eu dizia os alunos assimilavam, participavam da aula e o conteúdo não ficava chato".
A ideia começou quando a professora, hoje efetiva, era eventual. "Eu estava decidida a parar de dar aula, por desrespeito dos alunos e dos colegas, mas resolvi fazer uma revolução e ser como eu sou, me vestir do jeito que eu gosto e mostrar quem sou na sala de aula", conta.
"Luto agora pelo piso, pela redução da jornada, pela não privatização do nosso hospital e também em prol dos colegas da categoria O", afirma a docente. "Eu já fui professora temporária e foi horrível. Só duas faltas por ano, e eu estava no período de efetivação, então tinha que faltar para ir ao curso de formação".

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