Clipping Educacional - da Folha de S.Paulo
O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Paulo Renato Souza, confirmou ontem (17) que os mais de 10 mil professores que poderão ser admitidos na rede básica de ensino ingressarão em sala de aula apenas em 2011. O concurso deverá ocorrer em março.
Pelo planejamento inicial do governo, o concurso seria realizado em setembro deste ano. Assim, os professores já poderiam atuar a partir de 2010.
O atraso, segundo Paulo Renato, deu-se porque a programação traçada pela secretaria mostrou que os professores entrariam em aula na metade do primeiro semestre.
"Rotação"
"Estaríamos provocando uma rotação na rede. Mesmo que fizéssemos para o meio do ano, também estaríamos provocando essa rotação. Isso, pedagogicamente, não é conveniente", afirmou o secretário.
A prova que aconteceria em setembro seria a primeira etapa do concurso. Depois, os aprovados teriam de realizar um curso de cerca de quatro meses na Escola de Formação de Professores do Estado --o curso tornou-se obrigatório por medida aprovada neste ano.
O processo contempla ainda uma terceira etapa: uma prova feita após o curso.Paulo Renato negou que a mudança no planejamento tenha ocorrido por possíveis atrasos na preparação do curso ou em liberação de verbas.
Segundo ele, o novo planejamento da secretaria prevê ter todo o processo do concurso concluído entre outubro e novembro de 2009 para que seja feita a nomeação.
Paulo Renato disse também que não faltarão professores por causa da mudança na realização do concurso e que muitos dos aprovados poderão ser docentes que já trabalham hoje como temporários.
Segundo a Secretaria da Educação, a rede estadual tem hoje cerca de 230 mil professores, sendo aproximadamente 100 mil temporários.
Demora
A presidente da Apeoesp (sindicato dos professores do Estado), Maria Izabel Azevedo Noronha, afirma que a medida é positiva ao dar mais tempo para os candidatos estudarem para o concurso.
"Faz sentido também quanto à organização do ensino", diz a sindicalista.Ela afirma que o importante é haver concurso e que o governo publique com antecedência o edital, que traz a bibliografia exigida. "Só o que não pode é ficar adiando, adiando..."
A opinião é semelhante à do professor da Faculdade de Educação da USP Rubens Barbosa de Camargo.
"É claro que, do ponto de vista organizacional, é muito melhor que os novos professores cheguem no final do ano, para iniciar a preparação, ou já no início para as aulas", afirma.
"Só lamento que, com um contingente tão grande de professores temporários, o concurso tenha demorado tanto", afirma. Para Camargo, o ingresso durante o ano letivo afeta a lógica de funcionamento do ensino.
O secretário da Educação do Estado de São Paulo, Paulo Renato Souza, confirmou ontem (17) que os mais de 10 mil professores que poderão ser admitidos na rede básica de ensino ingressarão em sala de aula apenas em 2011. O concurso deverá ocorrer em março.
Pelo planejamento inicial do governo, o concurso seria realizado em setembro deste ano. Assim, os professores já poderiam atuar a partir de 2010.
O atraso, segundo Paulo Renato, deu-se porque a programação traçada pela secretaria mostrou que os professores entrariam em aula na metade do primeiro semestre.
"Rotação"
"Estaríamos provocando uma rotação na rede. Mesmo que fizéssemos para o meio do ano, também estaríamos provocando essa rotação. Isso, pedagogicamente, não é conveniente", afirmou o secretário.
A prova que aconteceria em setembro seria a primeira etapa do concurso. Depois, os aprovados teriam de realizar um curso de cerca de quatro meses na Escola de Formação de Professores do Estado --o curso tornou-se obrigatório por medida aprovada neste ano.
O processo contempla ainda uma terceira etapa: uma prova feita após o curso.Paulo Renato negou que a mudança no planejamento tenha ocorrido por possíveis atrasos na preparação do curso ou em liberação de verbas.
Segundo ele, o novo planejamento da secretaria prevê ter todo o processo do concurso concluído entre outubro e novembro de 2009 para que seja feita a nomeação.
Paulo Renato disse também que não faltarão professores por causa da mudança na realização do concurso e que muitos dos aprovados poderão ser docentes que já trabalham hoje como temporários.
Segundo a Secretaria da Educação, a rede estadual tem hoje cerca de 230 mil professores, sendo aproximadamente 100 mil temporários.
Demora
A presidente da Apeoesp (sindicato dos professores do Estado), Maria Izabel Azevedo Noronha, afirma que a medida é positiva ao dar mais tempo para os candidatos estudarem para o concurso.
"Faz sentido também quanto à organização do ensino", diz a sindicalista.Ela afirma que o importante é haver concurso e que o governo publique com antecedência o edital, que traz a bibliografia exigida. "Só o que não pode é ficar adiando, adiando..."
A opinião é semelhante à do professor da Faculdade de Educação da USP Rubens Barbosa de Camargo.
"É claro que, do ponto de vista organizacional, é muito melhor que os novos professores cheguem no final do ano, para iniciar a preparação, ou já no início para as aulas", afirma.
"Só lamento que, com um contingente tão grande de professores temporários, o concurso tenha demorado tanto", afirma. Para Camargo, o ingresso durante o ano letivo afeta a lógica de funcionamento do ensino.
fonte:http://www1.folha.uol.com.br
Veja as regras para servidor ter aumento de 40%
Paulo Muzzolon
Clipping Educacional - do Agora
As regras para os servidores estaduais das "áreas meio" conseguirem um aumento de 40% foram publicadas ontem no "Diário Oficial" do Estado. Para ter o reajuste, os servidores deverão ter um grau de escolaridade superior àquele exigido pelo cargo.
Quem está em carreiras de nível médio deverá ter diploma de curso universitário; aqueles que estão em carreiras de nível superior deverão ter uma pós-graduação. Além disso, os servidores deverão estar há, pelo menos, cinco anos no cargo e passar em uma prova aplicada pela Secretaria da Gestão Pública.
"Áreas meio" são as carreiras de todas as secretarias que não estão relacionadas à atividade final da pasta, como os funcionários de transporte, de recursos humanos e de atendimento. Hoje, há 20.704 servidores nesses cargos.
O decreto regulamentou a lei 1.080/2008, que traz as diretrizes das promoções.
De acordo com a Secretaria da Gestão Pública, 6.500 servidores já estão aptos para fazer a prova. O primeiro exame deverá ser em dezembro, mas a secretaria não descarta a possibilidade de prorrogação da data. No entanto, mesmo que a avaliação avance para o próximo ano, o reajuste extra deverá retroagir a janeiro. Assim, se a promoção sair em maio, o servidor deverá receber as diferenças referentes aos meses de janeiro a abril.
A pasta deverá aplicar três provas. A primeira será um exame escrito de conhecimentos gerais, com questões sobre português e cálculo matemático. A segunda será uma prova feita por computador para testar as habilidades do servidor com sistemas operacionais de informática, planilhas eletrônicas e programas de escritório. Já a terceira fase testará conhecimentos específicos da área de atuação a que o funcionário concorrerá. Serão sete opções, como recursos humanos, tecnologia da informação e contratos.
Reformas
As regras para os servidores estaduais das "áreas meio" conseguirem um aumento de 40% foram publicadas ontem no "Diário Oficial" do Estado. Para ter o reajuste, os servidores deverão ter um grau de escolaridade superior àquele exigido pelo cargo.
Quem está em carreiras de nível médio deverá ter diploma de curso universitário; aqueles que estão em carreiras de nível superior deverão ter uma pós-graduação. Além disso, os servidores deverão estar há, pelo menos, cinco anos no cargo e passar em uma prova aplicada pela Secretaria da Gestão Pública.
"Áreas meio" são as carreiras de todas as secretarias que não estão relacionadas à atividade final da pasta, como os funcionários de transporte, de recursos humanos e de atendimento. Hoje, há 20.704 servidores nesses cargos.
O decreto regulamentou a lei 1.080/2008, que traz as diretrizes das promoções.
De acordo com a Secretaria da Gestão Pública, 6.500 servidores já estão aptos para fazer a prova. O primeiro exame deverá ser em dezembro, mas a secretaria não descarta a possibilidade de prorrogação da data. No entanto, mesmo que a avaliação avance para o próximo ano, o reajuste extra deverá retroagir a janeiro. Assim, se a promoção sair em maio, o servidor deverá receber as diferenças referentes aos meses de janeiro a abril.
A pasta deverá aplicar três provas. A primeira será um exame escrito de conhecimentos gerais, com questões sobre português e cálculo matemático. A segunda será uma prova feita por computador para testar as habilidades do servidor com sistemas operacionais de informática, planilhas eletrônicas e programas de escritório. Já a terceira fase testará conhecimentos específicos da área de atuação a que o funcionário concorrerá. Serão sete opções, como recursos humanos, tecnologia da informação e contratos.
Reformas
Em entrevista ao Agora em agosto, o secretário da Gestão Pública, Sidney Beraldo, disse que essa promoção segue a "lógica de premiar o mérito", que ele vem tentando implantar. "A ideia é promover aqueles que se aprimoram e mostram resultados. Queremos ir além do critério do tempo de serviço", afirmou, na ocasião, o secretário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário