A greve dos professores realizada no período de 13 de junho a 04 de julho foi uma grande demonstração de força e organização da categoria, profundamente desrespeitada pelo governo estadual. Entre os avanços assegurados pelo movimento grevista, os professores conquistaram reajuste salarial de 5%, incorporação da Gratificação por Trabalho Educacional, alterações no Decreto 53037 e concurso público para 70 mil vagas.
Além deste avanços que, evidentemente, não correspondem à totalidade de nossas reivindicações, o movimento grevista também foi vitorioso ao provocar a interferência do Ministério Público do Trabalho. Diante do não cumprimento por parte do governo estadual do acordo assinado no Tribunal Regional do Trabalho, a APEOESP protocolou solicitação para instituição do dissídio coletivo relativo às reivindicações da categoria.
Nesta quinta-feira, 14, o dissídio coletivo foi julgado pelo Tribunal Regional do Trabalho que, por cinco votos a dois, declarou-se competente para avaliar as reivindicações dos professores, o que poderá obrigar o governo a acatá-las.
Durante a sessão, o advogado, representante do governo estadual, fez a seguinte declaração: “espero que este plenário, por unanimidade, julgue-se incompetente para dar sequência a este dissídio...”
Equivocou-se profundamente: a primeira intervenção do juiz, presidente do plenário, registrou a importância da valorização dos professores. Em seguida, a votação contrariou o desejo do governo estadual: por cinco votos a dois, o TRT apreciará, em 28 de agosto, as reivindicações da categoria.
Os professores mantêm o estado de greve e, a qualquer tentativa de ataque por parte do governo, retomarão a luta.
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